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Peixe Bolha e suas Curiosidades (Psychrolutes marcidus)

peixe bolha
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O peixe-bolha (Psychrolutes marcidus) é uma das criaturas mais curiosas do fundo do oceano.

Habitando as águas profundas ao redor da Austrália, Tasmânia e Nova Zelândia, essa espécie é conhecida por viver em profundidades que podem alcançar até 1.200 metros.

Nessas regiões abissais, a pressão é tão intensa que forçou o peixe-bolha a desenvolver características únicas, como um corpo gelatinoso e sem esqueleto rígido, o que o torna perfeitamente adaptado ao seu ambiente.

Apesar de seu habitat desafiador, o peixe-bolha ganhou fama mundial ao ser eleito o “animal mais feio do mundo” em 2013.

Essa peculiaridade estética acontece porque, ao ser retirado de seu ambiente de alta pressão, seu corpo adquire uma aparência desforme e gelatinosa, muito diferente da sua aparência normal nas profundezas.

Contudo, essa criatura incomum tem muito mais a oferecer além de sua aparência curiosa.

Neste artigo, você vai descobrir algumas das curiosidades mais fascinantes sobre o peixe-bolha, desde seus hábitos de reprodução até suas adaptações extremas para sobreviver em um dos ambientes mais hostis do planeta.

Continue lendo para entender melhor essa espécie extraordinária e os mistérios que cercam sua existência.

Curiosidade 1: O peixe-bolha não tem esqueleto

Passo a passo das adaptações do peixe-bolha para sobreviver nas profundezas:

  1. Ambiente extremo:
    • O peixe-bolha vive em profundidades que variam de 600 a 1.200 metros abaixo da superfície, em regiões abissais.
    • Nessas profundezas, a pressão é até 120 vezes maior do que a pressão que sentimos ao nível do mar.
    • Para se ter uma ideia, a pressão nessas profundezas seria equivalente a ter o peso de centenas de carros compactos sobre você.
  2. Estrutura corporal gelatinosa:
    • Em vez de um esqueleto rígido, o corpo do peixe-bolha é composto por uma massa gelatinosa. Essa substância gelatinosa permite que ele resista à pressão esmagadora dessas profundezas.
    • A gelatina que compõe seu corpo tem uma densidade muito próxima à da água, permitindo que ele flutue sem esforço e sem afundar.
    • Essa estrutura corporal também facilita a movimentação em um ambiente onde a natação exigiria grande quantidade de energia.
  3. Ossos flexíveis e leves:
    • Além de não ter um esqueleto tradicional, os ossos do peixe-bolha são extremamente finos e maleáveis.
    • Esses ossos frágeis não formam um esqueleto completo, o que ajuda o peixe a ser mais leve e a suportar a pressão sem quebrar ou deformar.
    • A leveza de seus ossos também permite que ele gaste menos energia ao flutuar e se mover pela água.
  4. Flutuação passiva:
    • O peixe-bolha não possui uma bexiga natatória, um órgão presente na maioria dos peixes que os ajuda a controlar sua flutuação.
    • No caso do peixe-bolha, seu corpo gelatinosa faz o trabalho de mantê-lo em equilíbrio com a densidade da água ao seu redor, permitindo que ele se desloque suavemente com as correntes marítimas.
    • Em vez de nadar ativamente, ele flutua passivamente pelo fundo do mar, economizando energia e deixando que a corrente o leve enquanto busca alimento.
  5. Economia de energia:
    • A ausência de um esqueleto rígido e o uso de um corpo gelatinoso permitem ao peixe-bolha sobreviver em um ambiente onde o acesso a comida é escasso.
    • Ele não precisa gastar energia excessiva para nadar, caçar ou flutuar, o que é uma vantagem crucial em um habitat onde os recursos alimentares são limitados.

Curiosidade 2: As fêmeas cuidam meticulosamente dos ovos

O peixe-bolha, além de suas adaptações corporais, apresenta comportamentos únicos quando se trata da proteção e cuidado com seus ovos.

As fêmeas dessa espécie são extremamente zelosas e dedicadas à tarefa de cuidar de seus ovos, garantindo que estejam sempre limpos e protegidos até a eclosão.

Aqui está um passo a passo detalhado de como esse cuidado acontece:

  1. Postura dos ovos:
    • As fêmeas do peixe-bolha depositam seus ovos em áreas seguras no fundo do mar, onde a correnteza é mais fraca e os riscos de predadores são menores.
    • Cada ninhada pode conter centenas de ovos, e a fêmea escolhe cuidadosamente um local adequado para colocá-los, garantindo que estejam seguros e em um ambiente propício para o desenvolvimento.
  2. Monitoramento constante:
    • Após a postura, as fêmeas não se afastam dos ovos. Elas permanecem constantemente sobre eles, criando uma espécie de barreira protetora contra possíveis ameaças.
    • Essa proximidade permite que a fêmea reaja rapidamente caso algum predador se aproxime ou alguma partícula estranha tente cobrir os ovos.
  3. Limpeza contínua:
    • Um dos comportamentos mais interessantes das fêmeas de peixe-bolha é a limpeza meticulosa dos ovos. Elas se dedicam a remover qualquer sujeira, partículas de areia ou detritos que possam se acumular sobre os ovos.
    • Esse processo é realizado constantemente, e a fêmea usa seu corpo para proteger e, ao mesmo tempo, limpar os ovos. Isso garante que eles fiquem sempre em boas condições para o desenvolvimento.
  4. Proteção contra sedimentos:
    • No fundo do oceano, onde os sedimentos podem se mover com as correntes, é comum que grãos de areia ou detritos caiam sobre os ovos. As fêmeas, extremamente diligentes, não hesitam em limpar cada partícula.
    • Mesmo que apenas alguns grãos de areia ou sujeira se acumulem sobre os ovos, a fêmea imediatamente começa a limpá-los, garantindo que nada prejudique o desenvolvimento dos filhotes.
  5. Dedicação até a eclosão:
    • As fêmeas permanecem vigilantes durante todo o período de incubação dos ovos, sem se afastar até que todos eclodam.
    • Esse comportamento protetor é fundamental para a sobrevivência da espécie, já que, nas profundezas do oceano, os ovos enfrentam muitos desafios, como mudanças nas correntes, sedimentos e predadores.

Curiosidade 3: Ele foi eleito o animal mais feio do mundo

O peixe-bolha não é apenas famoso por suas adaptações únicas para a vida nas profundezas do oceano, mas também por ter recebido o título de “animal mais feio do mundo.”

Esse título foi concedido por uma votação pública em 2013, promovida pela Ugly Animal Preservation Society (Sociedade de Preservação dos Animais Feios), e marcou o peixe-bolha como uma curiosidade mundial.

Aqui está um passo a passo detalhado sobre essa eleição e os fatores que levaram a essa escolha:

  1. A votação pública:
    • Em 2013, a Ugly Animal Preservation Society organizou uma votação pública para eleger um mascote para a sua campanha de preservação.
    • O objetivo da votação era chamar a atenção para espécies ameaçadas que, por não serem consideradas “bonitas,” geralmente não recebem tanto apoio para sua preservação quanto outras espécies mais carismáticas.
    • A votação foi aberta ao público em várias plataformas, e o peixe-bolha rapidamente se destacou entre os concorrentes.
  2. Os concorrentes:
    • Entre os animais candidatos ao título estavam outras criaturas igualmente curiosas, como o macaco-narigudo e o sapo-escroto aquático.
    • Todos os competidores eram considerados espécies incomuns em aparência, e o concurso serviu para mostrar a importância da biodiversidade, independente de quão “atraentes” os animais possam ser.
  3. A aparência fora da água:
    • O peixe-bolha conquistou o título principalmente por sua aparência quando removido de seu habitat natural.
    • Fora da água, ele assume uma aparência gelatinosa, desforme e “mal-humorada,” que lembra uma espécie de “prato de gelatina.” Essa aparência foi decisiva para que ele fosse eleito o “animal mais feio do mundo.”
    • Em seu ambiente natural, o peixe-bolha tem uma aparência mais próxima de um peixe ósseo comum, mas a falta de pressão na superfície faz com que seu corpo perca essa estrutura, deixando-o com uma forma bem diferente.
  4. A escolha do mascote:
    • Com sua aparência incomum, o peixe-bolha conquistou o título de mascote da Ugly Animal Preservation Society.
    • Esse título ajudou a chamar a atenção do público para a importância de proteger espécies que, apesar de não serem consideradas esteticamente agradáveis, desempenham papéis importantes em seus ecossistemas.
    • Além disso, a eleição também trouxe maior notoriedade à espécie, que até então era pouco conhecida pelo grande público.
  5. Impacto da eleição:
    • Após ser eleito o animal mais feio do mundo, o peixe-bolha se tornou uma espécie famosa, ganhando destaque em documentários, artigos e discussões sobre biodiversidade.
    • A notoriedade ajudou a aumentar a conscientização sobre as espécies marinhas que vivem em ambientes extremos e que, devido à pesca e à destruição dos habitats, podem estar em risco de extinção.

Curiosidade 4: Ele parece com um peixe normal em seu habitat

Apesar de sua fama de “animal mais feio do mundo,” a aparência do peixe-bolha fora da água é bastante enganosa.

Quando está em seu habitat natural, nas profundezas do oceano, ele se parece muito com um peixe comum.

A grande diferença está na pressão extrema que ele enfrenta no fundo do mar, que molda seu corpo de forma completamente diferente do que vemos quando ele é retirado da água.

Aqui está um passo a passo detalhado para explicar essa transformação:

  1. A pressão nas profundezas:
    • O peixe-bolha vive em profundidades entre 600 e 1.200 metros, onde a pressão é cerca de 120 vezes maior do que na superfície.
    • Essa pressão imensa faz com que seu corpo, que é composto principalmente de uma substância gelatinosa, seja comprimido e adquira uma forma estrutural mais firme e definida, semelhante à de um peixe ósseo.
  2. Aparência no habitat natural:
    • Em seu ambiente natural, o peixe-bolha mantém uma aparência mais convencional, com o corpo adaptado à pressão que o cerca.
    • A massa gelatinosa que o compõe é comprimida de forma que ele parece muito mais sólido e estruturado do que quando está fora da água.
    • Essa aparência o ajuda a se misturar com o ambiente marinho profundo, onde ele pode flutuar calmamente sem atrair muita atenção de predadores.
  3. A transformação fora da água:
    • Quando o peixe-bolha é retirado do fundo do oceano, a falta de pressão na superfície causa uma mudança drástica em sua aparência.
    • A ausência de pressão faz com que seu corpo perca a forma estrutural que tem nas profundezas, e ele assume uma aparência desforme e flácida.
    • Esse efeito é resultado da baixa densidade de seu corpo em comparação com a densidade da água. Fora da água, seu corpo colapsa, dando-lhe uma aparência gelatinosa e “derretida.”
  4. Diferença perceptível para observadores:
    • Para os cientistas e observadores que o estudam na superfície, essa transformação é notável e muitas vezes surpreendente.
    • A imagem popular do peixe-bolha como um ser amorfo e “feio” é, na verdade, uma distorção de sua verdadeira aparência no habitat onde ele vive. Em profundidades abissais, ele é muito mais semelhante a um peixe comum.
  5. Importância da pressão para sua forma:
    • A pressão é um fator crucial para a aparência e a sobrevivência do peixe-bolha. Sem essa força esmagadora, seu corpo não consegue manter sua estrutura e funcionalidade adequadas.
    • Isso também explica por que é quase impossível estudar o peixe-bolha vivo na superfície: ele simplesmente não pode sobreviver fora das condições extremas de pressão de seu habitat natural.

Curiosidade 5: Nunca um peixe-bolha foi estudado com vida

O peixe-bolha é uma criatura extremamente difícil de estudar, especialmente porque nunca foi possível manter um exemplar vivo fora de seu habitat natural.

A profundidade em que ele vive, aliada às suas adaptações únicas, torna o estudo desta espécie um grande desafio para os cientistas.

Aqui está um passo a passo detalhado que explica as dificuldades envolvidas no estudo do peixe-bolha:

  1. Vive em profundidades abissais:
    • O peixe-bolha vive entre 600 e 1.200 metros abaixo da superfície do oceano, em regiões de extrema pressão e escuridão.
    • Nessas profundezas, a pressão é tão intensa que qualquer ser não adaptado a esse ambiente não conseguiria sobreviver. Isso torna difícil para os cientistas estudarem o peixe em seu habitat natural.
  2. Impossibilidade de mantê-lo vivo na superfície:
    • Devido às enormes diferenças de pressão entre o fundo do mar e a superfície, é praticamente impossível trazer um peixe-bolha vivo para ser estudado fora de seu ambiente natural.
    • A falta de pressão nas camadas superiores da água faz com que seu corpo sofra mudanças drásticas, tornando-o incapaz de sobreviver fora do fundo do oceano.
  3. Estudos limitados a espécimes mortos:
    • A maioria dos estudos realizados sobre o peixe-bolha é feita com espécimes que já estão mortos, muitas vezes capturados acidentalmente por redes de pesca de arrastão.
    • Infelizmente, esses estudos oferecem uma visão limitada sobre o comportamento, alimentação e reprodução do peixe-bolha, já que só é possível analisar suas características físicas e estrutura corporal.
  4. Desafios técnicos e logísticos:
    • Para estudar o peixe-bolha em seu habitat natural, seria necessário descer mais de 600 metros de profundidade, o que é extremamente caro e tecnicamente complexo.
    • O uso de submarinos ou equipamentos de pesquisa capazes de suportar essas pressões torna-se inviável para estudos rotineiros, dificultando a obtenção de dados em tempo real sobre o comportamento e ecologia da espécie.
  5. Falta de conhecimento sobre seu comportamento:
    • Como nunca foi estudado vivo, o comportamento do peixe-bolha, suas interações com o ambiente e até mesmo seus hábitos alimentares são pouco compreendidos.
    • Isso faz com que ele permaneça uma das criaturas marinhas mais misteriosas, com muitos aspectos de sua vida ainda não revelados pelos cientistas.

Curiosidade 6: Ele só foi descoberto em 2003

Apesar de sua aparência icônica e curiosa, o peixe-bolha é uma descoberta relativamente recente.

Ele só foi oficialmente documentado e estudado pela primeira vez em 2003, surpreendendo a comunidade científica.

Aqui está um passo a passo detalhado sobre a descoberta do peixe-bolha:

  1. Primeiro registro em 1983:
    • Embora tenha sido amplamente reconhecido apenas em 2003, o primeiro espécime de peixe-bolha foi encontrado por um navio de pesquisa na costa da Nova Zelândia em 1983.
    • Contudo, na época, a espécie não foi estudada em profundidade e, devido à sua natureza incomum e habitat remoto, pouco se sabia sobre ela até ser revisitada décadas depois.
  2. Expedição de 2003:
    • Em 2003, uma expedição realizada na região de Norfolk Ridge, a noroeste da Nova Zelândia, trouxe à tona o peixe-bolha, dessa vez com mais atenção científica.
    • A expedição utilizou equipamentos especiais para explorar as profundezas e capturar espécimes raros de várias espécies marinhas, incluindo o peixe-bolha.
  3. Fotografado pela primeira vez:
    • Durante essa expedição, o peixe-bolha foi fotografado pela primeira vez, sendo oficialmente catalogado e documentado pela ciência.
    • A imagem do peixe, com sua aparência gelatinosa e estranha fora da água, chamou a atenção da comunidade científica e de curiosos ao redor do mundo, tornando-se rapidamente um ícone de espécies marinhas profundas.
  4. Apelidado de “Sr. Bolinha”:
    • Devido à sua aparência peculiar, o primeiro exemplar estudado em detalhes foi carinhosamente apelidado de “Sr. Bolinha” pelos cientistas que participaram da expedição.
    • O peixe foi posteriormente armazenado na Coleção de Ictiologia do Museu Australiano, onde continua sendo um dos espécimes mais intrigantes do acervo.
  5. Aumentou o interesse científico:
    • A descoberta e a popularização do peixe-bolha após 2003 despertaram um interesse renovado pelos estudos de espécies que habitam as profundezas do oceano.
    • Sua presença nas águas da Austrália, Tasmânia e Nova Zelândia continua a ser um ponto de interesse para cientistas que tentam entender como essas criaturas se adaptam a condições extremas.

Curiosidade 7: O peixe-bolha não tem dentes nem bexiga natatória

Além de suas adaptações corporais únicas, o peixe-bolha também possui algumas características fisiológicas bastante incomuns.

Ele não tem dentes ou bexiga natatória, adaptações que influenciam diretamente seu comportamento e modo de vida nas profundezas do oceano.

Aqui está um passo a passo detalhado dessas características e suas implicações:

  1. Ausência de bexiga natatória:
    • Diferente da maioria dos peixes, o peixe-bolha não possui uma bexiga natatória, um órgão cheio de gás que ajuda a controlar a flutuação.
    • Em vez disso, seu corpo é formado por uma substância gelatinosa de densidade similar à da água, o que permite que ele flutue sem esforço nas profundezas, sem precisar gastar energia para nadar ativamente.
  2. Flutuação passiva:
    • O peixe-bolha se desloca de forma passiva pelo fundo do mar, sendo levado pelas correntes oceânicas.
    • Esse tipo de flutuação é similar ao de uma água-viva, que também usa o movimento das correntes para se deslocar.
    • Por não precisar controlar sua flutuação como outros peixes, o peixe-bolha consegue economizar energia em um ambiente onde os alimentos são escassos e é necessário ser eficiente para sobreviver.
  3. Sem dentes:
    • Outra característica marcante do peixe-bolha é a ausência de dentes. Em vez de caçar ativamente como muitos predadores marinhos, ele adota uma abordagem mais passiva para se alimentar.
    • Sua dieta é composta principalmente por pequenos crustáceos, como caranguejos e lagostas, que ele encontra enquanto flutua lentamente pelo fundo do mar. Ele simplesmente engole sua presa inteira, sem necessidade de mastigar.
  4. Dieta de fácil acesso:
    • O peixe-bolha vive no fundo do mar, onde os alimentos são limitados, mas ele consegue sobreviver alimentando-se de crustáceos que vivem nesse ambiente, como caranguejos, lagostas e outros pequenos animais marinhos.
    • Ele não precisa caçar de forma agressiva ou rápida, já que os crustáceos se movem lentamente e estão sempre próximos ao fundo do oceano.
  5. Economia de energia:
    • A falta de dentes e de uma bexiga natatória é uma estratégia eficiente para o peixe-bolha economizar energia. Seu corpo gelatinoso, aliado ao deslocamento passivo e à alimentação simples, permite que ele sobreviva em um ambiente onde o acesso a recursos é bastante limitado.
    • Ao flutuar e encontrar presas sem precisar perseguir ou mastigar, ele minimiza o esforço necessário para se alimentar, o que é crucial para sobreviver em profundidades abissais.

Conclusão

O peixe-bolha (Psychrolutes marcidus) é, sem dúvida, uma das criaturas mais fascinantes das profundezas do oceano.

Suas adaptações extraordinárias, como a ausência de esqueleto rígido, dentes e bexiga natatória, são reflexos de sua incrível capacidade de sobreviver em um dos ambientes mais extremos do planeta.

Embora seja conhecido mundialmente como o “animal mais feio do mundo,” sua aparência no habitat natural é muito mais comum do que se imagina, reforçando o papel fundamental que a pressão exerce sobre sua forma física.

O comportamento cuidadoso das fêmeas, que monitoram e limpam seus ovos com grande dedicação, também nos revela detalhes importantes sobre a vida desta espécie misteriosa.

Além disso, o fato de nunca ter sido estudado vivo devido às limitações técnicas e logísticas torna o peixe-bolha ainda mais intrigante para cientistas e entusiastas da vida marinha.

O peixe-bolha nos lembra o quanto ainda temos a aprender sobre os oceanos e as criaturas que habitam suas profundezas.

Sua existência é um testemunho das adaptações impressionantes que ocorrem em ambientes extremos e reforça a importância de continuarmos explorando e protegendo essas regiões tão pouco conhecidas.

FAQs

  1. O que o peixe-bolha faz?
    O peixe-bolha flutua passivamente nas profundezas do oceano, movendo-se com as correntes marítimas. Ele gasta pouca energia para se locomover e se alimenta de pequenos crustáceos como caranguejos e lagostas, que ele encontra no fundo do mar.
  2. Pode comer o peixe-bolha?
    Não, o peixe-bolha não é considerado adequado para o consumo humano. Além de sua estrutura gelatinosa e falta de carne consistente, ele vive em grandes profundidades, o que tornaria seu consumo impraticável.
  3. Quem é o peixe bloop?
    O “bloop” não é uma espécie de peixe, mas sim o nome dado a um som submarino de alta frequência captado em 1997. O som foi atribuído à movimentação de grandes massas de gelo, e não a um animal marinho. Muitas vezes, o termo “bloop” é confundido com o peixe-bolha devido à similaridade dos nomes.
  4. O que o peixe-bolha come?
    O peixe-bolha se alimenta principalmente de pequenos crustáceos, como caranguejos e lagostas, que vivem no fundo do mar. Como ele não possui dentes, ele engole suas presas inteiras, aproveitando as correntes submarinas para capturá-las.
  5. Em que profundidade vive o peixe-bolha?
    O peixe-bolha vive em profundidades que variam de 600 a 1.200 metros abaixo da superfície do oceano, onde a pressão é até 120 vezes maior do que na superfície.
  6. Quanto custa um peixe-bolha?
    O peixe-bolha não é comercializado como um animal de estimação ou alimento, e capturá-lo é extremamente difícil devido ao seu habitat nas profundezas. Portanto, ele não tem um preço de mercado comum.
  7. Por que o peixe-bolha é considerado o animal mais feio do mundo?
    O peixe-bolha foi eleito o “animal mais feio do mundo” em 2013, em uma votação pública realizada pela Ugly Animal Preservation Society. Sua aparência gelatinosa e deformada fora da água foi o principal motivo para esse título.
  8. Por que o peixe-bolha não tem esqueleto rígido?
    O peixe-bolha vive em profundidades com pressões extremas. Para sobreviver a essas condições, ele tem um corpo gelatinoso e ossos extremamente finos e flexíveis, o que o ajuda a suportar a pressão sem desmoronar.
  9. O peixe-bolha pode sobreviver fora da água?
    Não, o peixe-bolha não pode sobreviver fora de seu ambiente natural de alta pressão. Quando removido das profundezas do oceano, ele perde sua estrutura corporal e eventualmente morre.
  10. Como o peixe-bolha se alimenta se ele não tem dentes?
    O peixe-bolha engole suas presas, principalmente crustáceos, inteiras. Ele não precisa de dentes, pois sua alimentação é passiva, aproveitando a disponibilidade de pequenos animais no fundo do oceano.
  11. O peixe-bolha está ameaçado de extinção?
    Embora não seja considerado diretamente ameaçado de extinção, a pesca de arrasto acidental em áreas profundas pode afetar sua população, tornando-o vulnerável.

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